Estado deve registrar mais de 6,5 mil novos casos em 2025; médicos alertam para atenção redobrada entre homens negros
A Bahia ocupa a segunda posição no ranking nacional de incidência de câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa é que 6.510 novos casos da doença sejam diagnosticados no estado em 2025, número que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, especialmente entre homens negros e com fatores de risco.
De acordo com o INCA, a taxa bruta de incidência na Bahia é de 89,05 casos por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de São Paulo. Em todo o Brasil, são esperados mais de 71 mil novos diagnósticos no próximo ano.
Entre os fatores de risco estão idade avançada, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, tabagismo e alimentação inadequada. A Bahia, que possui a maior população negra do país, apresenta também uma maior propensão à forma mais agressiva do tumor, segundo o oncologista Rafael Batista. “Além da predisposição genética, o câncer de próstata tende a evoluir de maneira mais rápida entre os afrodescendentes”, explicou.
A doença costuma não apresentar sintomas nas fases iniciais, o que reforça a importância da avaliação médica anual com urologista, incluindo o toque retal e o exame PSA. A recomendação é que os homens iniciem o acompanhamento a partir dos 50 anos, ou aos 45, no caso daqueles com histórico familiar ou pertencentes a grupos de risco.
Entre os principais sinais de alerta estão dificuldade para urinar, dor ou ardor ao urinar, presença de sangue no sêmen, dor óssea e impotência, sintomas que podem indicar estágio mais avançado da doença.
Com a chegada do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre a saúde do homem, especialistas reforçam a importância da informação e do cuidado. Municípios do interior, como Amargosa, Mutuípe e cidades do Recôncavo Baiano, também devem intensificar as ações de prevenção e ampliar o acesso aos exames de rotina.
Fonte: Voz da Bahia



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