Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi condenado a dois anos em regime aberto por participação na tentativa de golpe de Estado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (30) que o tenente-coronel Mauro Cid comece a cumprir a pena de dois anos de prisão em regime aberto. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado por envolvimento na tentativa de golpe de Estado e firmou acordo de delação premiada, o que resultou na pena mais branda entre os acusados do chamado “núcleo crucial” da trama.
A audiência admonitória, etapa em que o juiz esclarece as condições e consequências da pena, foi marcada para a próxima segunda-feira (3). Após essa audiência, Cid terá a tornozeleira eletrônica removida.
Entre as restrições impostas ao militar estão a proibição de deixar Brasília sem autorização judicial, o recolhimento domiciliar entre 20h e 6h, inclusive nos fins de semana, e o impedimento de portar armas, usar redes sociais ou manter contato com outros réus ligados à tentativa de golpe. Cid também deverá comparecer semanalmente à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, às segundas-feiras, para justificar suas atividades.
Moraes determinou ainda que seja certificado o período em que o ex-ajudante permaneceu preso preventivamente, tempo que será abatido da pena total. A defesa de Cid pretende pedir a declaração de pena cumprida, argumentando que ele já está há mais de dois anos sob medidas restritivas de liberdade.
O acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República garante a Cid a restituição de bens e valores, além da continuidade de medidas de segurança da Polícia Federal para ele e seus familiares.
Redação: Vale FM



1






