Pesquisa da USP indica que estudantes concluem o ensino médio com até 100 dias letivos a menos devido a aulas mais curtas
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que a rede estadual de ensino da Bahia, assim como as de Amazonas, Pará, Rondônia e Santa Catarina, não cumpre a carga horária mínima prevista por lei para o ensino médio. Segundo a pesquisa, os problemas são mais graves na Bahia e no Amazonas, e os estudantes chegam a perder até um semestre de aprendizado.
Antes da reforma do ensino médio, aprovada em 2024, a carga mínima para disciplinas de formação geral era de 1.800 horas. As disciplinas incluem português, matemática, ciências, história, geografia, artes, educação física, inglês, química, filosofia e sociologia. O estudo apontou que muitas redes estaduais ainda não adaptaram suas grades para atender às novas regras.
Na Bahia, a pesquisa constatou que a rede estadual oferece cinco aulas de 50 minutos por dia, enquanto o ideal seria de 60 minutos. A matriz curricular não especifica essa redução, e, segundo diretores e professores ouvidos pelo estudo, os estudantes concluem o ensino médio com o equivalente a dois anos e meio de curso, acumulando cerca de 100 dias letivos a menos.
Em nota enviada à Folha de São Paulo, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que a redução da carga horária mínima prejudica a aprendizagem. O Enem 2024 apontou queda nas médias em matemática, ciências humanas e ciências da natureza em comparação a 2023.
Redação: Vale FM



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