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1 30/06/2025 16:57

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (27) os dados do Censo Demográfico de 2022, revelando uma queda histórica na taxa de fecundidade das mulheres brasileiras e o adiamento da maternidade. Segundo o levantamento, a média nacional é de 1,55 filho por mulher, número abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1.

A pesquisa analisou mulheres entre 15 e 49 anos e confirma uma tendência que vem desde os anos 1960, quando a média era de 6,28 filhos por mulher. A redução foi contínua nas décadas seguintes: 5,76 em 1970, 2,89 em 1991, 1,90 em 2010 e, agora, 1,55 em 2022.

A queda começou nas regiões mais desenvolvidas, como o Sudeste, entre mulheres urbanas e com maior escolaridade. Atualmente, o Sudeste tem a menor taxa (1,41), seguido do Sul (1,50) e Centro-Oeste (1,64). O Norte registra a maior média (1,89), com Roraima sendo o único estado acima da taxa de reposição (2,19 filhos por mulher). Os menores índices foram verificados no Rio de Janeiro (1,35), Distrito Federal (1,38) e São Paulo (1,39).

O Censo também mostra que as mulheres estão tendo filhos mais tarde. A idade média para a maternidade subiu de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022. O Distrito Federal lidera com 29,3 anos, e o Pará tem a menor média (26,8 anos).

Outro dado relevante é o crescimento no número de mulheres que encerram o período fértil sem ter filhos. Entre aquelas com idades entre 50 e 59 anos, esse percentual passou de 10% em 2000 para 16,1% em 2022.

O IBGE aponta que fatores como escolaridade, religião, raça e renda influenciam diretamente na decisão de ter filhos. Essas mudanças indicam uma transformação profunda na estrutura familiar brasileira e terão impacto direto em políticas públicas nas áreas de saúde, educação, previdência e assistência social.

 

Redação: Vale FM







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