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1 04/06/2025 10:00

Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que pelo menos 45 cidades baianas registram falta de vacinas importantes do calendário nacional, como as que combatem catapora, sarampo, caxumba e rubéola. A pesquisa, que está na terceira edição, foi feita com base em respostas voluntárias de 112 secretarias de saúde do estado. O levantamento coloca a Bahia na 8ª posição nacional em índice de desabastecimento.

Apesar disso, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) nega a falta de imunizantes. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), o órgão afirmou que os estoques estaduais estão abastecidos e que a distribuição aos municípios ocorre regularmente. A Sesab ainda acusou um jornal local de veicular “informações falsas” e “sensacionalistas”, baseadas em uma amostragem que, segundo a secretaria, não representa a realidade do estado.

Mesmo com a redução no número de cidades afetadas, de 119 em outubro de 2024 para 45 agora, os impactos do desabastecimento ainda são sentidos. Entre 2020 e 2024, a Bahia teve um aumento de 60% nas internações por doenças evitáveis com vacinação, como varicela (catapora), sarampo, rubéola e caxumba. Só nos três primeiros meses de 2025, já foram 78 internamentos, o que representa quase 30% do total registrado no ano passado.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o Ministério da Saúde já reconheceu problemas no abastecimento e atribuiu a situação a dificuldades de fabricação, logística e aumento da demanda. Em resposta, o órgão federal diz manter cronograma de entregas e que a reposição das vacinas, como a de varicela, está sendo feita conforme a disponibilidade do fornecedor. Já foram entregues 2 milhões de doses desta vacina, com 1,7 milhão aplicadas, segundo a pasta.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), Marcos Sampaio, também contesta a pesquisa. Ele afirma que não há registro oficial de falta de vacinas, mas admite que pode haver ausências pontuais, como a da vacina contra a catapora, que foi sinalizada como ausente em 31 municípios entre abril e maio. Já a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, faltou em 20 cidades, enquanto a da dengue, em 14. Na rede privada, o custo desses imunizantes pode ultrapassar R$ 900, dificultando ainda mais o acesso da população.



Da redação - Vale FM







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