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1 21/04/2025 09:03

O Papa Francisco faleceu na madrugada desta segunda-feira (21), às 2h35 (horário de Brasília), aos 88 anos. Jorge Mario Bergoglio, que liderou a Igreja Católica por 12 anos, foi o primeiro papa latino-americano da história. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com o diálogo, a inclusão e a defesa dos mais pobres e marginalizados.

Em nota oficial, o Vaticano lamentou a morte

“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos sua alma ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”

Complicações de saúde

Francisco foi internado em 14 de fevereiro com uma infecção respiratória grave. Após quase 40 dias de hospitalização no Hospital Gemelli, em Roma, recebeu alta em 23 de março. Apesar da melhora clínica, médicos já alertavam que sua recuperação seria longa e exigiria acompanhamento contínuo.

Durante o período de internação, o Papa apresentou uma piora significativa no quadro de bronquite, que evoluiu para uma infecção polimicrobiana nos pulmões — um tipo grave de infecção causada por múltiplos microrganismos. Ele chegou a ser diagnosticado com pneumonia em ambos os pulmões, passou por transfusões de sangue e apresentou baixa contagem de plaquetas, compatível com anemia.

Na última semana, o Vaticano havia informado que o Papa estava reduzindo o uso de oxigênio suplementar e realizava fisioterapia respiratória e fonoaudiológica.

Entenda a infecção que acometeu o Papa

A infecção polimicrobiana é caracterizada pela ação simultânea de diferentes tipos de microrganismos — como bactérias, vírus e fungos — geralmente em pacientes com o sistema imunológico comprometido. No caso do Papa Francisco, a condição foi agravada por uma bronquite crônica pré-existente.

Entre os principais sintomas estão febre, tosse persistente, dificuldade para respirar, fadiga intensa e dor no peito. Sem tratamento adequado, pode levar a complicações graves, como insuficiência respiratória, sepse e danos permanentes ao pulmão.

A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias, sendo mais comum em ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas.

Histórico de saúde

Nos últimos anos, o Papa enfrentou uma série de problemas de saúde:

Na juventude, teve pleurisia e precisou retirar parte de um dos pulmões;

Em julho de 2021, foi submetido a uma cirurgia para remover parte do cólon, devido à diverticulite;

Em março de 2023, foi internado com dificuldades respiratórias e tratado com antibióticos;

No mesmo ano, passou por uma nova cirurgia abdominal, permanecendo nove dias hospitalizado;

Nos últimos tempos, usava cadeira de rodas devido a dores no joelho e nas costas.

Apesar das limitações físicas, Francisco continuou ativo. No último domingo (20), durante a celebração da Páscoa, ele apareceu na varanda da Praça de São Pedro para abençoar os fiéis, com a ajuda de um assessor para a leitura de seu discurso. Após a bênção, percorreu a praça no papamóvel, acenando para os presentes.

 

 

Da redação - Vale FM

 







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