Os juízes são investigados na Operação Liga da Justiça, que apura suspeitas de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, agiotagem, grilagem de terras e improbidade administrativa.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os juízes Fernando Machado Paropat, Rogério Barbosa de Sousa e Silva e André Marcelo Strogenski, todos atuantes na comarca de Porto Seguro. A decisão, publicada nesta segunda-feira (14) no Diário da Justiça Eletrônico, foi assinada pela presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, e determina o afastamento imediato dos magistrados durante as investigações.
Os juízes são investigados na Operação Liga da Justiça, que apura suspeitas de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, agiotagem, grilagem de terras e improbidade administrativa (relembre). A sindicância interna conduzida pela Corregedoria-Geral de Justiça do TJ-BA apontou indícios de que os magistrados teriam se associado a promotores, advogados e empresários em um esquema de aquisição irregular de imóveis de alto padrão no sul da Bahia, incluindo áreas já registradas em nome de terceiros.
O juiz Fernando Machado Paropat é citado por supostas práticas de concussão, advocacia administrativa e crime de usura. Rogério Barbosa de Sousa e Silva é investigado por improbidade administrativa e agiotagem, enquanto André Marcelo Strogenski responde por suspeitas de graves falhas éticas e desvio de conduta no exercício da magistratura.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) e a Subseção de Porto Seguro solicitaram ao TJ-BA providências urgentes para garantir a continuidade dos serviços judiciais na comarca, que enfrenta dificuldades operacionais desde o afastamento dos magistrados.
As defesas dos juízes ainda não se pronunciaram publicamente sobre a abertura do PAD. O processo tramita em segredo de justiça.
Da Redação CSFM