Nesta quinta-feira (30), o Hamas entregou à Cruz Vermelha três israelenses e cinco tailandeses que estavam sendo mantidos reféns em Gaza. No entanto, a esperada libertação de 110 prisioneiros palestinos foi adiada após cenas caóticas durante a entrega dos reféns, quando uma grande multidão se aglomerou em torno dos libertados, o que gerou tensão.
Entre os reféns libertados estava Arbel Yehud, de 29 anos, sequestrada no Kibbutz Nir Oz durante o ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023. Yehud, visivelmente amedrontada, lutou para caminhar em meio à multidão crescente. Outro refém israelense, Gadi Moses, de 80 anos, também foi libertado junto com cinco cidadãos tailandeses que estavam trabalhando em fazendas israelenses próximas à Gaza quando a cerca de fronteira foi rompida pelos militantes.
A mãe de um dos tailandeses acompanhou a entrega com ansiedade, assistindo à cena ao vivo de sua casa na província de Udon Thani, na Tailândia. "Por favor, deixem meu filho sair agora, quero ver o rosto dele", disse Wiwwaro Sriaoun, mãe de um dos reféns, enquanto filmava a movimentação.
Em resposta ao caos nas entregas, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu classificou a situação como chocante e ameaçou de morte qualquer pessoa que machucasse os reféns. Ele pediu aos mediadores que garantissem que a cena não se repetisse.
A libertação de 110 prisioneiros palestinos, que estava prevista para esta quinta-feira como parte de um acordo que interrompeu temporariamente os combates, foi adiada. De acordo com uma autoridade israelense, os ônibus que transportavam os prisioneiros foram instruídos a retornar às prisões. Netanyahu determinou o adiamento da liberação dos palestinos até que a saída segura dos reféns israelenses seja garantida.
Mais cedo, uma soldado israelense, Agam Berger, foi libertada em Jabalia, no norte de Gaza. Em um vídeo divulgado, Berger aparece pálida e emocionada, sendo recebida pela mãe. "Agora Agam e nossa família podem começar o processo de cura", afirmou a família de Agam, que destacou que a recuperação só estará completa quando todos os reféns estiverem de volta para casa.
Netanyahu foi criticado por não ter fechado um acordo antes, após a falha de segurança que permitiu o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Da Redação - Vale FM