Um homem condenado a 22 anos de prisão por um homicídio ocorrido em Alagoas em 2002 foi preso em Maracás, no Vale do Jiquiriçá.
Segundo informações da Polícia Civil, Antônio José dos Santos, de 65 anos, conhecido como “Toinho da Barra”, submeteu-se a uma cirurgia plástica no rosto e utilizava documentos falsos para se esconder da Justiça.
Condenações
Toinho da Barra foi condenado pelo assassinato do comerciante Luiz Antônio Monteiro Torres, cometido por espancamento com pauladas em 22 de fevereiro de 2002, na cidade de Pão de Açúcar, Alagoas.
Ele foi sentenciado pelo crime em 2010 e chegou a ser detido em Sergipe, mas conseguiu escapar e estava evadido da justiça desde então.
De acordo com informações da polícia baiana, o idoso também foi acusado de envolvimento em uma chacina ocorrida em 1984 na cidade de São José da Tapera, Alagoas. O incidente resultou nas mortes do agricultor Givaldo Ferreira dos Santos, do advogado João Alves e do pré-candidato a prefeito Wellington Fontes. Uma das vítimas foi atingida por 158 tiros. Na época, o condenado foi mencionado pela imprensa como “pistoleiro”.
A Polícia Civil da Bahia informou que recebeu a informação de que Antônio José vivia com a família na Bahia há cinco anos, onde se identificava como José Antônio Andrade dos Santos. Ele vendia carvão em Vitória da Conquista e em outros municípios do sudoeste baiano.
“Nós recebemos informações de inteligência, que deram conta de que um foragido do estado de Alagoas, um criminoso conhecido lá, estaria aqui com documentos falsos, vivendo normalmente como um empresário”, disse o delegado Roberto Júnior.
Segundo o G1, durante o pedido, Toinho da Barra morou em diversos imóveis. A investigação apontou que ele mudava de endereço frequentemente também na tentativa de despistar a polícia.
“Conseguimos identificar os veículos que ele utilizava, os familiares que residiam em um bairro e imóveis que ele tinha em cidades vizinhas. Fizemos monitoramentos e acompanhamentos em todos os imóveis e conseguimos prendê-lo”, contou o delegado.
“Ele comprou um documento falso no estado de Pernambuco e, aqui na Bahia, ele tirou outros documentos falsos, a exemplo da carteira de habilitação, título do eleitor e CPF. A partir daí ele levava uma vida normal”, explicou Roberto Júnior.
O condenado teve o mandado de prisão cumprido e foi autuado em flagrante pelo crime de falsidade ideológica. Inicialmente, Antônio José foi levado para o Conjunto Penal de Jequié, mas ele deve ser transferido para Alagoas.