O principal alvo do produto são pacientes que removeram a próstata para tratar o câncer.
O brasileiro, Rodrigo Fraga Silva, CEO e cofundador da empresa Comphya, está liderando uma inovação que promete revolucionar o tratamento para homens que enfrentam disfunção erétil. Ele anunciou o desenvolvimento de um aparelho com potencial para substituir os comprimidos de Viagra.
Apelidado de “viagra eletrônico”, o empresário desenvolveu o CaverSTIM, um dispositivo que atua como um marca-passo para estimular a região pélvica. Ele anunciou que o produto já está em fase de testes no Brasil e na Austrália.
Segundo o empresário, que já estudava a disfunção erétil, a ideia do produto é que ele funcione como um “neuroestimulador em que os eletrodos são implantados na região pélvica e o estimulador entrega estímulos nervosos que podem ativar e reabilitar os nervos”.
Rodrigo é formado em Farmácia pela UFMG, fez doutorado no Brasil e posteriormente foi para os Estados Unidos realizar seu primeiro pós-doutorado. Em 2011, mudou-se para a Suíça, onde continuou seus estudos focados em biologia vascular e disfunção erétil.
O principal alvo do produto são pacientes que removeram a próstata para tratar o câncer.
“Hoje, esses pacientes não respondem bem à terapia oral, com o Viagra e o Cialis, e a única terapia que funciona são injeções penianas ou próteses penianas, soluções bem dolorosas. O que a gente busca hoje é uma solução muito mais confortável e melhor para esses pacientes. O que a gente observa é que quando há um estímulo de baixa intensidade nesses nervos, ocorre uma reabilitação e, pós-cirurgia, eles conseguem reabilitar a função sexual normal”, afirmou em entrevista ao g1.
Segundo divulgou no Brasil, os testes estão sendo realizados também em pacientes com lesão medular no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.
“A gente implanta o dispositivo no momento da prostatectomia e aí os resultados são fantásticos. O que a gente observa é que os pacientes recuperam completamente a função sexual, pós-prostatectomia, ou seja, eles voltam ao estado em que estavam antes da cirurgia.”